Um velho conhecido no mundo dos games, mas um nome novo na indústria da música eletrônica. A Twitch tem pouco a pouco aparecido como uma boa alternativa para as transmissões ao vivo de DJs ao redor do globo, um movimento que tornou-se bastante comum após a pandemia e o cancelamento/adiamento das gigs e turnês. A ideia acabou caindo nas graças de muita gente e, de certa forma, até mesmo saturou com tantos artistas fazendo lives ao mesmo tempo, seja pelo Facebook, Instagram, Youtube ou pela própria Twitch.

O DJ e produtor Nato Medrado acompanhou essa onda chegar e pode-se dizer que foi um dos poucos que não a surfou. O motivo? Não queria estar fazendo apenas mais do mesmo, discotecando sem qualquer tipo de interação com o público que o assistiria. Foi a partir disso que ele teve uma nova ideia: abrir um canal de streaming na Twitch, de segunda a sexta, com temas definidos e com um objetivo principal: unir pessoas, fãs, profissionais e entusiastas da música eletrônica para dar início a uma comunidade, algo que já acontece muito nos games, mas que ainda é bastante raro na música eletrônica.

Um bom exemplo que talvez você (público) conheça é com Joel Zimmerman aka Deadmau5 . A estrela canadense alimentava seu canal da Twitch há um bom tempo, mas não pense que o único assunto era música. Ele jogava, produzia, conversava, comentava, mostrava os equipamentos e criava uma grande variedade de assuntos e formatos diferentes para estar constantemente conectado com seu público e, mais do que isso, aproximando-se de cada um deles.

Por um descuido após falar palavrões e xingar outro jogador durante uma gameplay do jogo PUBG, o artista foi banido por 30 dias pela equipe da Twitch e não retornou mais a plataforma, porém, sua lives continuam sendo transmitidas através de outros canais. A questão é que a Twitch possui seu próprio universo e pode ser explorada de diferentes formas, Nato Medrado está sendo um dos primeiros a com a iniciativa no Brasil e acredita bastante na ideia.

“A proposta com o canal da Twitch é realmente criar um espaço de interação, conversar com quem está assistindo, fazer um som juntos, trocar ideias, ter convidados, ler o que o pessoal está comentando no chat… nada disso é feito nas tradicionais lives de DJs atualmente. Então a grande sacada é produzir um conteúdo que seja interessante das pessoas acompanharem, fazer com que elas queiram interagir, e pra isso já temos uma programação inicial com a qual iniciaremos os testes”, explicou Nato.