Por Laura Stetner.

“Poção de Mana”, em jogos de RPG, é responsável por recuperar a mágica do personagem, para que ele possa continuar a executar feitiços; mas não só isso, a palavra “Mana” tem, também, significados espirituais ligados à magia e energia da vida real. E foi com esse clima, em meio a pandemia de Covid-19 onde muitos desistiram, que Carlos Lobo decidiu dar vida à Mana Music Records, que antes era apenas um núcleo de festas.

O produtor, que começou os estudos de música eletrônica em 2014, notou certa dificuldade em lançar seus projetos com as gravadoras que entrou em contato, se sentiu inclusive lesado pelo tratamento que recebeu. Depois desse episódio, decidiu criar a Mana, um espaço com diversidade para artistas emergentes ou da velha guarda, onde a qualidade técnica é levada em consideração acima de qualquer gosto pessoal.

“Falaram de valores e pacotes para lançar e como eu não entendia achava que era procedimento normal. Porém, com tempo e estudo eu percebi que na verdade eles estavam usando do meu sonho e do meu trabalho para ganharem em cima de mim. Minhas músicas foram pro Beatport e streaming, eu nunca assinei um contrato e nunca recebi 1 real, além do fato de ter pago para lançar," comentou Carlos sobre uma das motivações para criar a Mana. 

Para ele e seu sócio, Xico, a música é subjetiva e infinita. Por mais que eles tenham seus estilos preferidos, se atentam à qualidade musical dos colaboradores em primeiro lugar, apreciam artistas com características sonoras distintas e afirmam que todos os elementos são importantes, como numa poção. Do warm-up ao after, a Mana promete ter sempre uma track na manga. 

Fique de olho no próximo lançamento do selo, o EP "Senda Florida", de Ethnobotanic, virá em 29 de Novembro com uma abordagem suave, instrumentos orgânicos e voz do próprio artista. E para não perder nada, acompanhe a Mana nas redes sociais:Instagram e Soundcloud.

Imagem: divulgação.