O Play BPM sempre apoiou a igualdade dos gêneros e o empoderamento feminino, para uma sociedade mais equilibrada, logo mais justa. Numa indústria ainda muito dominada pelos homens, as mulheres vem ganhando seu espaço de maneira memorável. Iniciamos uma série de posts sobre o Empoderamento Feminino na cena eletrônica mundial. A DJ e produtora da vez é Charlotte de Witte.
O que pode representar para um DJ tocar no Tomorrowland? Um sonho? Talvez. E o que você diria sobre abrir o palco principal do evento, tendo apenas 19 anos? Incrível! Um feito que por si só já nos surpreende, e pode nos causar ainda mais admiração por tratar-se de Charlotte de Witte, um dos novos talentos da cena “underground” Belga.
O ano era o de 2010 quando ela começou a se apresentar, e antes de sua transição para o techno, Charlotte performou com Electro house. Suas influências foram MSTRKRFT, Erol Alkan, The Bloody Beetroots e até mesmo Afrojack, “quando ele costumava ser legal”, brinca Charlotte. Foi assim que ela guiou os primeiros passos de sua carreira.
Do Electro ao Techno
Os anos foram passando e os gostos de Witte começaram a mudar, inclinando-se para o techno. Enquanto ela ainda tocava sob o nome de Raving George, a DJ e produtora citava Len Faki e Dustin Zahn como algo que acabaria soando diferente para ela em um determinado momento. Seria como “o despertar” para algo, enfatizando que foi a natureza geral do techno, mais “despojada”, que a atraiu com o passar do tempo. Isso a ajudou a encontrar o que ela chama de uma paz interior.
A ascensão meteórica
De Witte começou a enviar cópias de seus trabalhos para pequenos bares e clubes em toda a Bélgica, sem sucesso. Finalmente, Charlotte conseguiu um show em um bar local e, eis que vem a tona o único e pequeno problema, ela havia comprado seu primeiro conjunto de decks e eles haviam chego naquele exato dia comentou:
O projeto começou a tomar forma após sua inscrição para participar de um programa de radio, onde quatro DJs estreantes competiam entre si em um duelo que poderia durar ao máximo quinze minutos. Isso deu a ela sua primeira aparição pública (publicidade). Em 2011, ela venceu o prêmio Red Bull electropedia no programa Switch studio Brussels, o que a chancelou para abertura do Mainstage do Tomorrowland naquele ano, e mais tarde poder comandar um programa de rádio semanal na mesma estação, gerando crescente impacto em sua popularidade dentro de seu país.
O nome – camuflando seu gênero
No começo de sua carreira, ela se apresentava sob o nome de “Raving George”, um nome que camuflava seu gênero. Ela optou por não ser julgada por sua aparência, mas por suas habilidades atrás das pickups. No período em que iniciou a composição de suas próprias músicas, Charlotte lançou dois álbuns sob o nome de Raving George, e somente no final de 2015 e começo de 2016, seu primeiro EP, Weltschmerz, veio até nós sob o nome de Charlotte.
Underground ou Comercial?
Com a agenda lotada, ela viaja o mundo com apresentações em festivais e clubes e já é considerada pela imprensa internacional uma jovem superstar, trazendo inclusive a tona controvérsias no submundo do underground.
Independente do caminho que Charlotte irá direcionar sua carreira, é muito bom poder ver mulheres conquistando espaço dentro de uma cena praticamente dominada por homens.
Empoderar
É extremamente significativo vê-la tocar e crescer profissionalmente, assim como outras que já fazem isso. Que elas possam servir de inspiração para uma homogeneização cultural, que só poderá vir através da prática do empoderamento feminino, necessário e saudável para uma sociedade equilibrada.
Aos nossos queridos leitores, prontos para mais episódios sobre o empoderamento feminino na música eletrônica? Fiquem ligados.
Enquanto isso, dê o PLAY nesse set sensacional de Charlotte de Witte: