O que é NFT? Entenda nova tendência da indústria da arte e da música
Por Michel Palazzo.
Fala amantes do BPM, tudo bem com vocês? Hoje vou trazer um assunto muito comentado pelo mercado da música e também o que mais gera dúvidas… vamos falar sobre NFTs!
Mas que são NFTs? Saiba como funciona
Já é um mercado que tá movimentando centenas de milhões de dólares, porém não é novo, viu? Desde 2016 já tinha essa possibilidade. Mas foi só agora, em 2020 e 2021, que causou todo esse frenesi. Vou fazer um preambulo com o bitcoin, só pra você entender como chegamos até a NFT.
Em 2009, criaram o bitcoin, começaram a operar, nasceram casas de corretagem, novas moedas (cripto-ativos), você podia comprar frações de bitcoin de pouco em pouco e ir alavancando ainda mais sua exposição, aumentando sua quantidade de bitcoins, fundindo um com o outro, ou seja, você compra sempre a mesma moeda e cresce esse bolo do mesmo ativo. Posteriormente, veio o Ethereum e desde seu início era uma das mais versáteis e abertas a novas aplicações, super flexível e fundível, igualmente o Bitcoin. Fundíveis (guarda bem este termo, fundível).
Mas, o que isso tem a ver com NFT? Non-fungible token (tokens não fundíveis). E porque não fundível? Porque você não pode somar uma NFT a outra. Estes carinhas não são intercambiáveis, não são fundíveis, você não pode ir comprando e somando tudo no mesmo lugar, crescendo a quantidade e, consequentemente, o valor do mesmo ativo, igualmente como o Bitcoin ou outras criptos.
A ideia da NFT é ser um ativo único, que pode representar qualquer coisa, é como se fosse uma nova skin no Fortnite, você a compra por um preço qualquer, é única, é escassa (geralmente eles fornecem poucas unidades daquela Skin, depois mudam para outras), é original, porém não em ambiente de blockchain. Somente o fundamento é parecido. O mercado de arte está eufórico por essa possibilidade, de vender uma única peça, original, escassa e levantando valores milionários.
O NFT é um registro de algum artefato digital, registrado criptograficamente e tem um valor único, é o que ele vale e ponto. Quer comprar? Pode comprá-lo. Faça a sua oferta.
O valor vai subir ou cair? Ninguém sabe. O valor é aquilo que você acredita. Aí que está o seu risco, você pode simplesmente, por vaidade, ter o NFT único e exclusivo hoje por X e quem sabe um dia, alguém querer compra-lo por Y, mas ninguém sabe. Mas por que as pessoas compram, então? O Ser humano adora colecionar, exclusividade, autoridade, escassez.
E como eles compram? É aí que entra o Ethereum. A forma mais tradicional, atualmente, e na data de hoje (29 de março de 2021) é via ETH. Você envia a proporção de Ethereum necessária para uma carteira que detém aquele certificado da NFT e de um token fundível (Ethereum), e você adquire uma peça única, não fundível, o NFT, que representa aquela coisa qualquer, em específico (seja um vídeo, uma imagem, uma arte audiovisual, uma foto…). Por isso a NFT é única. Aquela mesma peça, só tem uma unidade, por isso não fundível e escassa.
Os criadores digitais estão muito otimistas. Um exemplo clássico é do Beeple, que durante 5 mil dias ficou postando uma arte digital no seu Instagram, e recentemente, em meados deste mês, vendeu todas elas, consolidadas numa única imagem e levantou 69 milhões de dólares. Foi um estouro histórico, com certeza fará parte dos livros de história do futuro esse acontecimento.
Outros artistas, os musicais e principalmente da música eletrônica, já estão se movimentando e de forma bem rápida, como Steve Aoki, 3LAU, DON DIABLO, Diplo, Kings of Leon só para citar alguns.
Pra mim, o único valor que vejo, por enquanto, é o visual. Eu aprecio aquela arte, posso copiá-la e imprimi-la. Mas ainda não vejo justificativa para pagar estes valores por uma peça que pode ser replicada. Confesso que já estou com vontade de colecionar, mas ainda resistente. O paradoxo ainda é que qualquer um pode baixar a imagem, só não terá o certificado baseado em blockchain.
É difícil prever o futuro disto, mas considerando a evolução das trocas, fazendo até uma analogia x antropologia, antigamente o valor estava na troca do alimento a produtos, da moeda ao papel moeda, e da cripto aos NFTs, tem muito o que vir pela frente. Não menospreze, a liquidez está na máxima e o mercado só começando.
Eu posso vender a minha NFT? Sim, posso levantar 1 dólar ou milhões de dólares, não tem mínimo ou máximo. Qualquer um pode, portanto, participar desse mercado entender a evolução, participando da revolução. Pesquisar sobre este assunto é fundamental, ainda mais com descentralização de valor dos grandes aos independentes.
Fique ligado. Espero que tenha curtido, não deixe de engajar comigo. Fiz um vídeo introdutório também, dá um look aqui:
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Sobre o autor
Michel Palazzo
Eu vivo exclusivamente pela música eletrônica desde 1997 (inspirado por 𝐉𝐨𝐬𝐡 𝐖𝐢𝐧𝐤 e 𝐓𝐡𝐨𝐦𝐚𝐬 𝐁𝐚𝐧𝐠𝐚𝐥𝐭𝐞𝐫). Já toquei em todos os Estados Brasileiros e em mais de 10 países diferentes. Conquistei e negociei dezenas de milhões de reais ao 𝐬𝐡𝐨𝐰 𝐛𝐮𝐬𝐢𝐧𝐞𝐬𝐬, trabalhando de 𝐋𝐚𝐮𝐫𝐞𝐧𝐭 𝐆𝐚𝐫𝐧𝐢𝐞𝐫 a 𝐂𝐚𝐫𝐥 𝐂𝐨𝐱, 𝐀𝐛𝐨𝐯𝐞 & 𝐁𝐞𝐲𝐨𝐧𝐝 a 𝐅𝐚𝐭𝐛𝐨𝐲 𝐒𝐥𝐢𝐦, 𝐏𝐚𝐮𝐥 𝐎𝐚𝐤𝐞𝐧𝐟𝐨𝐥𝐝 a 𝐃𝐚𝐫𝐫𝐞𝐧 𝐏𝐫𝐢𝐜𝐞 (𝐔𝐧𝐝𝐞𝐫𝐰𝐨𝐫𝐥𝐝). Criei o selo 𝐔𝐑𝐁𝐑 – 𝐔𝐧𝐝𝐞𝐫𝐠𝐫𝐨𝐮𝐧𝐝 𝐑𝐞𝐜𝐨𝐫𝐝𝐬 𝐁𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥, que em 2002 alavancou o mercado fonográfico nacional, através de quase 40 títulos em 𝐂𝐃 𝐞 𝐕𝐢𝐧𝐲𝐥, posicionando mais de 200 DJs e produtores tupiniquins pela primeira vez nas principais megastores de todo o país.