- Conteúdo autoral / por Caio Pamponét -

O mercado de música eletrônica está claramente passando uma mudança de gerações, seja no apego a novas sonoridades, nas formas de se consumir música ou até mesmo no hábito de frequentar as festas.

Enquanto a "geração Z" vai desvendando a cena eletrônica, impulsionada por plataformas como o TikTok e na ascensão de artistas do ramo ao cenário mainstream, os mais 'experientes' têm estado cada vez mais seletivos - ou exigentes, em outros termos.

Um recente estudo realizado pela plataforma de música Startle no Reino Unido revelou que o interesse por festas diurnas aumentou em 800%, segundo dados de pesquisas online. Nele foi constatado que as pessoas acima de 30 anos estão mudando seu estilo de vida e a forma como se divertem, aquirindo novas responsabilidades (filhos, casa própria, etc.) e priorizando outros aspectos, como a saúde.

Outro fator que chamou a atenção no estudo foi que para a geração "oldschool", que está chegando aos seus 50 anos, os eventos noturnos estão se tornando menos atraentes.

Além disso, no contexto da cena noturna britânica, um em cada cinco clubes fecharam por lá nos últimos três anos, sendo mais um dos fatores que influenciaram numa valorização das festas durante o dia.

Evidentemente, o descanso pela noite traz muito mais benefícios à saúde e bem-estar dos festeiros do que uma noite virada. Diversos estudos já comprovam que noites de sono equilibradas estendem a expectativa de vida e melhora o condicionamento físico das pessoas. Apesar disso, a cultura da música eletrônica sempre foi pautada em vivências noturnas e gigs noites a fio. Será que estamos vivendo numa fase de transição na indústria de eventos ou isso é uma tendência momentânea? Só o tempo vai dizer...

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Imagem de capa: Reprodução.