A classificação de uma música quanto ao seu gênero vai muito além da simples função de denominá-la e incluí-la numa categoria com intuito de identificá-la.
Ela diz respeito aos elementos de um som, suas características, sonoridade, que o aproximam de outras músicas semelhantes, para a constituição de um gênero musical. E foi numa conversa profunda e interessante com Wesley Barbosa, um amigo pessoal e DJ paulistano, que chegamos ao fundo dessa ideia, ao qual julguei interessante compartilhar.
Analisamos os dois lados da moeda – Como tudo na vida deve ser feito. Se por um lado, as denominações de estilo (Trap, Dubstep,Techno, House, Trance, Hardstyle, etc) podem ser motivos pra conflito de ideologia, resultando na segregação e rivalidade entre fãs de gêneros diferentes, por outro, pode ser positivo, válido e capaz de estimular e otimizar a experiência do ouvinte, exaltando a música eletrônica. E é nisso que vamos focar.
Durante o Ultra Rio, eu e esse meu amigo, decidimos ir do set do Nicky Romero para o palco resistance, onde estava tocando Sasha | Digweed. E apesar de não sermos fãs de Techno, estávamos aberto à experiência, interessados principalmente na consciência dos elementos musicais, que nos daria uma absorção diferente do que estávamos ouvindo, principalmente se tratando de algo que não éramos familiarizados.
E é aí que entra o lado positivo dessa caracterização de gêneros, do estudo dos elementos musicais de determinado estilo. Se usada “para o bem” a denominação favorece muito quanto à consciência do que está sendo tocado. Escutar é diferente de ouvir. E a gente que não estava muito acostumado com o que estava tocando, julgamos que tal conversa foi muito favorecedora. Essa consciência possibilita receber a música de maneira diferente do que a maioria das pessoas recebe. Nos torna inclusive mais sensíveis à percepção do som ao nosso redor. Resumindo: Possibilita uma experiência diferente e muito gratificante, que contribui para nosso amadurecimento músical e para a diminuição do preconceito com outros estilos, nos tornando muito mais propensos à aceitar algo diferente do que estamos acostumados.
Portanto, respeite sempre a diversidade. Saiba valorizar isso e tente entender o porquê determinado estilo ao qual não está familiarizado tem seus fãs. Nenhum gênero é melhor que o outro. Cada um atinge as pessoas de uma maneira diferente. Esteja aberto ao aprendizado e à novos contatos. Isso favorecerá e muito futuras experiências na música eletrônica.