É notório que o Spotify se tornou um dos maiores serviços de streaming do mundo. E com as tecnologias evoluindo muito rapidamente, ouvir CDs hoje já está longe de ser costume popular. Mas toda essa praticidade dos tempos modernos ainda precisa chegar no lado comercial das plataformas. Várias vezes o Spotify foi criticado pelos baixos pagamentos direcionados a seus artistas, no entanto, atualmente, em todo o planeta, músicos decidiram dar um basta nisso e estão promovendo diversos protestos.
Para se ter uma ideia, a real quantia financeira que determinado artista recebe da gigante dos streamings depende de vários fatores, como país, plano de assinatura e até que tipo de acordo a gravadora daquele usuário tem com o Spotify. Geralmente, a empresa sueca paga US$ 0,0038 (R$ 0,022) por reprodução. Ou seja, para ganhar 1 dólar hoje (cerca de 5 reais e 50 centavos), você precisa ter 250 plays em uma música.
Vale ressaltar também que, o montante total em dinheiro, gerado pelo número de streams de uma faixa, ainda deve ser dividido entre todos os detentores de direitos daquela obra (desde proprietário da gravação máster, seja gravadora ou artista independente, passando por compositor/es, até editores e outros envolvidos). Certamente, um método de pagamento que só funciona mesmo para big artistas como Justin Bieber, Billie Eilish e David Guetta.
No dia 15 de março, ocorreram mobilizações em frente a várias sedes internacionais do Spotify, todas organizadas pela UMAW (União de Músicos e Trabalhadores Associados). Nesta data, as manifestações aconteceram em 31 cidades de 5 diferentes regiões (Austrália, Ásia, Europa, América Central e América do Sul). Por fim, a Union Of Musicians destacou que: “O Spotify oferece uma das receitas mais baixas do mercado, comparado a qualquer outro serviço de streaming, opera inteiramente com ‘portas fechadas’ e até processou compositores, para conseguir reduzir taxas de royalties.”
Confira abaixo, via tweet da UMAW, um dos protestos já realizados na cidade de Nova York:
Sobre o autor
Douglas Anizio
Redator da Play BPM, Freelancer e graduado em Administração. Um eterno apaixonado por Música Eletrônica.