Várias mulheres compartilham relatos de agressão e assédio sexual contra Derrick May em novo relatório da DJ Mag
Uma nova investigação de Ellie Flynn para DJ Mag detalhou incidentes ocorridos há 20 anos. AVISO: este artigo inclui relatos de violência sexual e pode ser angustiante para alguns leitores.
Várias mulheres se apresentaram para relatar experiências de agressão sexual e assédio por Derrick May, detalhadas em uma investigação da jornalista Ellie Flynn para DJ Mag.
O relatório apresenta Derrick May sendo retirado dos line-ups da Paris Electronic Week e do FAC51 planejado para o fim de semana de Páscoa do Haçienda. Isso tem relação as alegações de agressão sexual e assédio contra o DJ de Detroit.
Um jornalista e ex-amigo de May, Michael James, compartilhou repetidamente sérias acusações contra May, que foram negadas, incluindo chamá-lo de “predador sexual” em um post em março. James também está em uma disputa de longa data com May sobre os direitos da faixa “Strings of Life” de 1987.
A nova investigação de Ellie Flynn para DJ Mag inclui relatos de quatro mulheres, que datam de duas décadas e cobrindo incidentes ocorridos no Reino Unido, EUA, Holanda e Nova Zelândia.
Um relato de Tania descreve May empurrando-a no degrau de um lance de escadas em sua casa em Detroit e puxando seu pênis e segurando-o na frente de seu rosto. Tania trabalhou com May durante vários anos, do início a meados dos anos 2000 e também diz que foi explorada financeiramente para fazer isso. Ela descreve outro incidente em Londres, onde foi atraída de volta ao hotel dele sob a promessa de receber o dinheiro que ela devia, onde ele a agrediu sexualmente.
Derrick May fez uma série de declarações para DJ Mag, dizendo: “Como um homem negro que trabalha em uma indústria dominada por brancos e abertamente tendenciosa, espera-se que eu tenha aprendido a dolorosa lição de que não existe verdade, justiça ou devido processo legal?”.
“Quando terminará a longa e histórica história de transformar a sexualidade dos homens afro-americanos em armas?”.
“Devo colaborar sob coação com minha própria vitimização nas mãos de uma imprensa abertamente hostil que amplifica os chamados temores de mulheres privilegiadas e anônimas em um linchamento mediado pela internet?”.
“Não tenho interesse em legitimar essas distorções”.
“As mulheres são o canal da vida e, como tal, devem ser protegidas e não exploradas. Eu vivo por essas palavras”.
Sobre o autor
Pedro Alamino
17 anos, cursando o Ensino Médio, e com muita vontade de aprender. Fascinado por música e esportes, vem buscando seu espaço nos respectivos cenários. Pensa em cursar algo dentro de Negócios e Comunicação no Ensino Superior.