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Review Amsterdam Music Festival e Martin Garrix All Ages show

Como já sabem, o Play BPM estava presente em Amsterdam durante o Amsterdam Dance Event (ADE) . Dos inúmeros eventos que fomos, dois nos chamaram muita atenção e valem nosse review aqui pra vocês! Nossos colaboradores Marcelo Woo e Bruna Tamashiro participaram do AMF e do show para todas as idades de Martin Garrix e contam como foram essas experiências. Se liga!

No dia 21 de outubro rolou o Amsterdam Music Festival (AMF) . O evento, considerado uma das principais atrações do ADE, reuniu mais de 40.000 fãs da música eletrônica que lotaram as arquibancadas e os gramados do Amsterdam ArenA. Segundo a organização, o público registrado para a compra dos ingressos vieram de mais de 100 países diferentes. Além desse festival, do outro lado da cidade de Amsterdam, Martin Garrix foi o responsável por arrastar multidões para o RAI Amsterdam. Na sexta (20/10) o evento foi voltado ao público adulto e sábado (21/10) para todas as idades. Infelizmente, por problemas logísticos, não pudemos cobrir o Martin Garrix 18+, mas ficamos extremamente emocionados com o que vimos no Martin Garrix All Ages show .

Bom, então deixa a gente te contar exatamente o que aconteceu por lá. Chegamos em Amsterdam no dia anterior bem tarde e acordamos cedo pois tínhamos que passar nos pontos de credenciamento da ADE para nos registrarmos e pegar nossos kits. Imaginávamos que seria um processo bastante burocrático e ficamos muito surpresos quando as credenciais ficaram prontas em menos de 1 minuto, apenas com nossos passaportes. Acredito que toda essa estrutura e preparação seja um dos pontos de destaque da organização do ADE.

Saímos de lá e curtimos um pouco da cidade que estava totalmente decorada com as cores amarelo e preto. Por volta das 16:00 fomos em direção à estação central de Amsterdam, ao passar pela catraca e chegar efetivamente à plataforma em que se encontravam os vagões, nos deparamos com uma situação inusitada (pelo menos para nós): centenas de crianças de todas as idades vestidas com roupas e bandeiras com o símbolo do Martin Garrix (???) esperavam o metrô junto de suas famílias e chegando ao centro de convenções, onde seria realizado o show, de centenas a grandeza pulou para milhares.

Essa, sem sombra de dúvidas, foi uma das situações que mais me emocionaram relacionadas à música. Talvez por não ser comum no Brasil, nunca pude presenciar a reação de crianças em shows de música eletrônica que tem como característica remeter o ambiente à uma identidade um tanto quanto lúdica. Conversando com algumas crianças e seus pais, perguntamos o que elas querem ser quando crescerem e muitas nos responderam que queriam ser DJ’s como o Martin Garrix. Quem sabe daqui alguns anos essas crianças não estejam em cima do palco comandando o espetáculo.

Voltando ao show, Martin Garrix fez a sua entrada pelas 19:00 e seu set teve duração de 2 horas mas como eu disse anteriormente, para mim o grande destaque da noite nesse evento não foi o palco, as luzes, os DJ’s, a pirotecnia, o Martin Garrix… Para mim o grande destaque foi o público, tomado por famílias, que não paravam de gritar com os drops e os hits mais famosos do DJ.

Antes que Garrix pudesse encerrar seu show tivemos que sair correndo para o Amsterdam ArenA pois não queríamos perder nada do que seria apresentado no grandioso AMF. Ao chegar próximo da estação Bijlmer já conseguíamos ver as luzes e sentir o grave das batidas, no desembarcar parecia que estávamos indo à uma final de copa do mundo com todas as seleções disputando o troféu, afinal eram mais de 40.000 pessoas de mais de 100 países diferentes e suas respectivas bandeiras. Mesmo com tanta gente, chegando aos portões do estádio não se viam filas e aglomerações, estava tudo perfeitamente organizado.

Fomos ao local indicado, pegamos nossas credenciais e entramos na sala de imprensa do Ajax. Novamente, tudo  muito organizado e o staff estava lá para nos auxiliar. Como nossa ansiedade para ver o palco, que por sinal ficou muito fod*, era tanta, não ficamos nem 5 minutos na sala e fomos direto para a arena.

Mal pisamos no “gramado” e Lucas & Steve haviam encerrado seu set que, pelos aplausos do público, parece ter sido digno de um festival de ponta. Em seguida ninguém mais ninguém menos que Marshmello faria o público delirar com seu som. Eram incontáveis os integrantes da Mellogang (fãs fantasiados de Marshmello) o que reflete a imensa popularidade do DJ que alcançou a 10° colocação na premiação que seria realizada mais tarde.

Enquanto os shows aconteciam, telões espalhadas pelo estádio mostrava o ranking da DJ MAG TOP 100 em ordem decrescente. Don Diablo antecedeu a cerimônia de premiação com seu set e durante ele, ao vivo, demonstrou estar emocionado com o público que aplaudia o anúncio da 11° colocação do DJ.

A cerimônia de premiação foi recheada de surpresas, uma delas foi a aparição do duo The Chainsmokers no TOP 10 que pulou incríveis 12 colocações até chegar à posição de número 6. O público foi à loucura com o anúncio dos 10 DJ’s mais populares do mundo, já que grande maioria desses é de origem holandesa. Além disso, Martin Garrix mostrou que também faz adultos se emocionarem ao receber o troféu de primeiro colocado, é a segunda vez consecutiva que O DJ vence a premiação.

Com o anúncio do vencedor, comportas no teto do estádio se abriram e diversas bolas gigantes caíram sobre o espectadores, esses, por sinal se divertiram bastante por alguns minutos a ponto de não perceber que a organização estava mudando a estrutura para um dos sets mais esperados da noite.

Em um palco mais elevado, leds com a marcação II = I e uma introdução totalmente diferente, Armin Van Buuren e Hardwell fizeram história. A reação do público não poderia ser outra, durante 1 hora os drops desse B2B fizeram todos pularem do início ao fim.

David Guetta que havia anunciado o vencedor da premiação, mostrou versatilidade ao conduzir um set com músicas atuais e seus hits mais famosos de de meados de 2005-2010. Além disso o DJ surpreendeu a todos ao convidar Afrojack para subir ao palco e tocar junto com ele a música Another Life composto em um trabalho conjunto.

Se você acha que a noite tinha acabado por aí meu amigo, sinto-lhe dizer que você está extremamente enganado. Como se não bastassem esses nomes para fazer um festival ser grandioso ainda tínhamos ninguém mais ninguém menos que os irmãos Dimitri Vegas & Like Mike que foram responsáveis por bringing the madness para a ArenA. O duo mostrou interatividade com o público ao tocar seus hits mais famosos, Tremor, The Hum e fazendo o famoso Crowd Control. Eles mostraram que não são apenas com gols que se faz um estádio inteiro tremer.

Em seguida, a maior referência do Trap internacional que inclusive está confirmada para a próxima edição do Lollapalooza Brasil, a dupla Yellow Claw subiu ao palco e arrepiou a todos com sua entrada emblemática. Ao som de Action Claw, o integrante Nils Roundhuis abriu o set dizendo que aquela era a cidade deles, dando a entender que eles tinham uma motivação extra ao tocar em Amsterdam e não é que ele tinha razão?! Foi um dos shows mais insanos da dupla de acordo com os fãs que estavam em nossa volta.

Para encerrar esse festival de peso no cenário eletrônico, Vini Vici fez a galera ficar até o último minuto na arena com o seu Trance Progressivo. O som extremamente forte a dupla Israelense fechou uma das edições mais marcantes do AMF.

Texto e review por:

Marcelo Woo e Bruna Tamashiro