No dia 14 de março, rolou pela terceira vez o mundialmente famoso Transmission festival no Sydney Showgrounds graças a galera da Symbiotic Events. Mais de 17 mil pessoas foram para o showground, um grande e extenso local para um evento fantástico de apresentação de lasers, luzes, fogos de artifício e o melhor de vários estilos de trance. A grande atração do público foi Above & Beyond, que tocou quase duas hora. Também estavam presentes Ilan Bluestone, AVAO, Purple Haze, MaRoo, Vini Vici e Simon Patterson. Depois de falar com muitos fans de trance que ficaram um pouco desapontados com a última edição da Transmission em Melbourne em 2017, esta definitivamente superou as expectativas.
Chegando ao local em uma noite muito chuvosa, entramos no grandioso Sydney Showgrounds enquanto Ilan Bluestone tocava alguns anjunabeats suaves, preparando-nos para a noite, em seguida o Purple Haze tocou um trance em grande parte progressivo.
Quando relógio chegou as nove da noite, era hora que mais esperávamos: Jono e Paavo, dois terços da Above & Beyond. Uma coisa que foi ótima na Transmission foi a integração entre os sets que tinham como tema levar-nos em uma jornada de despertar espiritual. Essas coisas empolgam mais ainda a multidão (se é que isso era possível) para dar as boas-vindas ao Above & Beyond. Destaques para o eterno clássico “Sun & Moon”, cantado em um momento de união por toda a multidão e suas faixas recém-lançadas “Distorted Truth” e com a colaboração Armin Van Buuren “Show Me Love”.
Depois disso chegou a hora de aumentar o ritmo com MaRLo tocando para seu público. Como amante de trance eu posso dizer que não houve um tempo em que eu tenha visto MaRLo e não tenha curtido o seu set e dessa vez não foi diferente. Ele tocou seus clássicos junto com algumas de suas famosas faixas “Tech Energy” e mais tarde em uma das minhas favoritas pessoais foi seu remix de “No Good”, do The Prodigy, tocada como tributo ao vocalista Keith Flint, que faleceu recentemente, foi um toque agradável para o set.
Vini Vici chegou à meia-noite e manteve a taxa de BPM alta, tocando seu estilo psytrance. Eles até apresentaram algumas músicas novas para nós e tocaram um ótimo remix de “Man On The Run” do Dash Berlin.
Algo que deve ser mencionado quando se fala em Transmission é sua produção. É conhecido por ser um dos melhores, se não o melhor festival em termos de lasers, produção, fogos de artifício e visuais no palco e não decepcionou.
Finalmente, Simon Patterson subiu ao palco e tocou o que eu acho que foi o set da noite um conjunto sensacional de explodir, e fazer todos pularem eufóricos, edificante. A platéia de Sydney tende a gostar dos sons mais fortes quando comparados a outros estados da Austrália e isso ficou muito evidente, com a dance music sendo usada em outro nível para combinar com a intensidade da música de Simon Patterson.
Este festival teve grandes expectativas para se realizar depois de suas edições em outros países e agora em um novo local. Estamos felizes em dizer aqui no Play BPM que ele não apenas atendeu as expectativas, mas também as superou. A produção local e os artistas reuniram-se em perfeita harmonia para produzir o que foi uma noite inesquecível para os fãs. Estaremos aguardando a próxima edição do Transmission Festival.
Traduzido por Eduardo Ornelas.