Depois de quase duas décadas de trajetória na cena eletrônica brasileira, AYA consolida um dos projetos mais ambiciosos e autorais de sua carreira com o lançamento do Ritual Dance – uma experiência imersiva que nasce da junção entre música, espiritualidade, território e ancestralidade indígena.

Idealizado e conduzido pela própria artista, o evento propõe uma ruptura consciente com o modelo tradicional de festa, oferecendo um espaço de cura, presença e reconexão profunda.

A primeira edição, batizada de “Ritual Dance Trip”, acontece nos dias 13 e 14 de dezembro na Aldeia Tapirema, localizada na praia de Peruíbe, em território sagrado do povo Tupi-Guarani. O local não é apenas cenário: é parte ativa da experiência. A floresta, o mar, o fogo, os cantos e a presença dos povos originários criam um campo energético vivo, que sustenta toda a proposta.

“O Ritual Dance não é apenas um show – é um chamado. É como abrir um portal onde música, propósito e ancestralidade se encontram. Quando eu entro nesse espaço ritual, sinto que não estou ali para entreter, mas para guiar uma viagem interior, onde cada batida, cada rezo e cada medicina da floresta ajudam a lembrar quem somos”

Explica a artista.

Criadora do termo “Amazonic House”, linguagem musical que combina música eletrônica contemporânea, percussões orgânicas, rezos indígenas e paisagens sonoras da floresta, AYA transforma sua performance em um rito coletivo. A dança, nesse contexto, deixa de ser apenas expressão corporal e passa a ser compreendida como tecnologia ancestral de cura – um saber utilizado há milênios pelos povos originários para celebrar, rezar, liberar emoções e alinhar corpo, mente e espírito.

“O movimento trazido pela música, a vibração das frequências, o corpo respondendo às ondas sonoras… Tudo isso é cura também. A dança libera, reorganiza, purifica e abre caminhos internos que muitas vezes não conseguimos acessar pela mente”

Continua.

O Ritual Dance tem como princípio fundamental o respeito ao território e à cultura indígena. Por isso, o evento é 100% livre de álcool, pensado para um público que busca experiências conscientes, presença plena e conexão verdadeira. Jovens e adultos ligados ao bem-estar, espiritualidade, sustentabilidade, terapias integrativas e à música eletrônica com propósito formam o coração dessa comunidade.

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Uma imersão completa

Ao longo de dois dias, os participantes vivem uma jornada sensorial, cultural e espiritual cuidadosamente desenhada em conjunto com a aldeia Tapirema. A programação inclui:

• Café da manhã comunitário;
• Danças e cantos tradicionais Tupi-Guarani;
• Rodas de conversa com saberes ancestrais;
• Tour guiado pela aldeia e por espaços sagrados;
• Vivência de grafismo indígena;
• Palestra sobre plantas medicinais da floresta;
• Trilha guiada para reconhecimento de ervas;
• Preparação coletiva de garrafada medicinal;
• Roda de rapé e banho de ervas;
• Fogueira com cantos sagrados sob o céu estrelado;
• Feirinha de artesanato indígena;
• Camping dentro da aldeia;
• Refeições típicas preparadas pelas cozinheiras da comunidade;
• Ritual do cacau guiado por Melina Dau, terapeuta ayurveda e facilitadora da medicina do cacau;
• DJ set ritual imersivo com AYA, integrando música eletrônica, rezos e dança consciente.

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O Ritual do Cacau será oferecido por Melina Dau e é um dos pontos centrais da experiência. Realizado antes do show de AYA, ele prepara o campo emocional e energético do grupo, abrindo o coração para que a música atue com ainda mais profundidade.

“No Ritual Dance, o cacau não é apenas servido – é honrado como um aliado espiritual. Ele nos coloca em um estado de conexão profunda, em que a música entra de outro jeito e a dança vira oração”

Explica.

Outro momento simbólico da imersão é o lançamento do álbum “Cantos Sagrados da Beira do Mar”, do povo Tupi-Guarani da Terra Indígena Piaçaguera, reunindo rezos, borais e cantos ancestrais. Ao lado da Comitiva Tupi-Guarani Yramoî Djawe, AYA reforça seu compromisso com a valorização das culturas indígenas a partir da escuta, do respeito e da cocriação. Ouça aqui.

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Um palco em harmonia com a floresta

A estrutura do Ritual Dance foi desenhada para existir em harmonia com o ambiente natural. O palco é integrado ao território, o soundsystem prioriza profundidade e acolhimento e a decoração utiliza tecidos orgânicos, grafismos Tupi-Guarani, arte visionária, luzes quentes e fogo central.

“Não quero transportar as pessoas para um club na natureza. Quero que elas estejam conscientes de que estão em uma aldeia indígena, em território sagrado ancestral. Um espaço-tempo onde a cultura indígena, a música eletrônica e o sagrado se encontram para lembrar que a vida é ritual, a dança é medicina e estar em comunidade é cura”

Segue a idealizadora do evento.

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Assim, o Ritual Dance nasce como uma label imersiva e itinerante, com a proposta de percorrer diferentes territórios, sempre em diálogo com culturas tradicionais e com o sagrado local.

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Serviço

Ritual Dance Trip

Local: Aldeia Tapirema – Praia de Peruíbe – São Paulo, SP

Data: 13 e 14 de dezembro (sábado e domingo)

Horário: A partir das 16h

Atrações: AYA e Comitiva Tupi-Guarani Yramoî Djawe

Ingressos: R$ 895,00 à vista ou até 10x de R$ 99,00 via Jaguar Trips

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Mais sobre AYA

Filha da Amazônia, nascida em Manaus, AYA é uma artista que ultrapassa fronteiras sonoras e culturais. DJ e produtora há 18 anos, ela cria experiências musicais que conectam tecnologia e ancestralidade, o urbano e a floresta. 

Sua trajetória começou sob o nome May Seven, com apresentações marcantes, sets hipnóticos e uma carreira que a levou aos palcos mais respeitados do Brasil. Em 2025, iniciou um novo ciclo: AYA é o renascimento de sua identidade artística e espiritual, marcada por uma conexão profunda com as raízes amazônicas.

Reconhecida seis vezes no Top 100 Brasil da revista inglesa DJane Mag, figurando no Top 10 nas edições mais recentes, AYA é uma das representantes mais consistentes da cena eletrônica brasileira. Já tocou para públicos de mais de 200 mil pessoas, com destaque para sua apresentação solo no lendário Teatro Amazonas — um marco que reafirma sua presença artística e versatilidade.

Seu estilo — o Amazonic House — é uma fusão inovadora entre beats eletrônicos, percussões tribais, vocalizações indígenas e paisagens sonoras da floresta. Resultado de anos de pesquisa e vivências na Amazônia, esse som carrega identidade, sofisticação e uma assinatura única que a diferencia no cenário global. 

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Imagem de capa: Divulgação.