
Rolling Stone, uma Bíblia contra a cultura normativa, será colocada à venda
Em 1967, em um loft em São Francisco, um jovem de 21 anos chamado Jann S. Wenner deu início a revista que seria referência contra a cultura normativa imposta pela sociedade aos chamados baby boomers. Rolling Stone é a definição de cool, cultivando ícones e produzindo capas tão comentadas que serviram de inspirações em diversas canções. Mas uma combinação de mudanças na indústria editorial, e alguns passos mal executados com os gastos internos tem levado a revista a um buraco financeiro.
O resultado foi a iniciativa de Wenner em colocar seus 51% de controle da companhia à venda, abrindo mão de um projeto que ele conduz desde o início. O fundador também fez a seguinte afirmação “Eu amo meu trabalho, sempre gostei, e tenho gostado por um longo tempo. Mas deixar a revista foi o mais inteligente a ser feito”.
O plano de venda foi elaborado pelo filho de Jann, Gus, de 27 anos, que reduziu agressivamente os ativos da controladora da Rolling Stone, a Wenner Media, em resposta a pressões financeiras. Já em 2016, os Wanners haviam vendido 49% da revista para a BandLab Technologies, uma companhia de música e tecnologia com sede em Singapura.
Em relação à permanência do trabalho de ambos, pai e filho, na revista, eles afirmam que, apesar de terem a intenção de continuar em seus postos, a decisão recairá ao novo dono da companhia.
De qualquer forma, a possível venda da Rolling Stone, às vésperas de seu 50º aniversário, escancara o quão inóspito está o ambiente editorial e de itens impressos. Jann ainda adiciona que “Publicar é uma indústria completamente diferente do que era anteriormente. As tendências seguem em uma nova direção, e nós estamos cientes disso”.
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