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Saturação de festivais, preços caros ou timing errado nas vendas?

Esse mês de janeiro de 2017 foi um tanto quanto intenso. Quem esperava que o ano fosse começar com essa enxurrada de eventos, festivais, vendas, pré-vendas, pré-cadastros??? Ufa! Cansa até de falar. Calma! O Play EDM te ajuda! Mas vamos tentar entender e explicar tudo isso. Pra situar à todos, nesse mês de Janeiro tivemos:

– Pré-venda de ingresso do Electric Zoo Brasil (lote promocional)

– Cadastro do Ultra Brasil para pré-venda

– Venda de ingressos do Coachella (esgotados em minutos)

– Sold-out do Ultra Music Festival Miami

– Venda dos ingressos do Ultra Europe (lote promocional)

– Venda dos ingressos e pacotes do Tomorrowland na Bélgica (esgotados em minutos)

– Pré-venda de ingressos do Ultra Brasil

Vamos por partes nas razões e consequências disso tudo. Muitos se perguntam:

Muitos pensam que, por exemplo, o Ultra Brasil é só em Outubro, e que o Electric Zoo é em Abril. Ou seja, se programar primeiro pra um mais perto do que pro outro mais longe. Não só pela data dos eventos, mas por que o mês de janeiro normalmente se tem muitos gastos. Por exemplo, IPVA, IPTU, matrícula escolar/faculdade, dívidas do Natal e viagens de férias, parcelamentos, entre outros.

Aqueles que se programaram para ir ao Tomorrowland na Bélgica, já que o Brasil não terá edição esse ano, comprometeram a sua renda e provavelmente não irão no Electric Zoo e/ou no Ultra Brasil. Aqueles que optaram por irem ao Ultra Miami e/ou ao Coachella também não compraram esses festivais brasileiros. Lembrando que esses estrangeiros, o pagamento é a vista, sem parcelamento. Uma facada de uma vez só. Ou ainda outros que tiveram que escolher entre o Electric Zoo Brasil e o Ultra Brasil, deixarão de ir em um deles, já que a pré-venda de ambos foi no mesmo mês.

Mas alguns dirão:

De fato, esse ponto deve ser considerado. Mas não comprometa sua renda. Seja responsável. Apesar de soar “velho” esse comentário, ou algo que a sua mãe te diria, os festivais não vão fugir. Então, sempre terá o próximo ano. Outros não puderam pois estouraram os limites de crédito de seus cartões comprando ingressos pra um festival, não podendo comprar pra outros.

Outro ponto são os valores dos ingressos. Muitos reclamam dos preços, outros acham justo. Mas no fim das contas. A alta do Dólar e do Euro não facilita a vida daqueles que escolheram os festivais estrangeiros. Lembre-se que essas altas também refletem nos cachês dos DJs que tocaram nas edições brasileiras, e portanto, influenciam o preço dos ingressos e bebidas também. Quem lembra do preço da garrafa de água no Ultra Brasil ano passado?

Sem contar todos os eventos menores que estão no calendário dos clubes como Green Valley e Laroc, além de todos os eventos especiais de Carnaval, como o Rio Music Carnival (RMC). Esses estão trazendo nomes de peso, dignos de festival. Por exemplo, Dimitri Vegas & Like Mike e Afrojack no RMC, Galantis e Kungs pelo Brasil em diversos lugares, Sunnery James & Ryan Marciano e Kryder na Laroc dia 18/03. É de fato uma enxurrada. Muitos desses eventos tem ingressos tão caros quanto os de festivais.

Não podemos reclamar! “Nunca na história desse país” (HAHAHA) tivemos essa quantidade tremenda de eventos, clubes renomados, e a presença de grandes DJs com tanta facilidade. O difícil é poder acompanhar tudo isso.

Enfim, essa “saturação” é vista com lindos olhos pelos amantes dos festivais, pois tem-se a impressão de muitas opções e de variedade de line-ups e datas. Mas por outro lado, isso traz uma certa angústia, por querer estar em todos e não poder. Talvez se essas vendas fossem feitas em meses mais distantes uns dos outros, a realidade seria diferente. Baseando-se em 2016, um país afundado na crise, as vendas dos ingressos esgotaram pro Ultra Brasil em minutos. Tomorrowland Brasil vendeu os pacotes todos. Acho que o timing é o principal responsável por toda essa situação.

No fim, o que vale é tentar ir em pelo menos 1 deles. Conte-nos pra qual você vai e porquê!