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Agora é pra valer: Spotify desmonetiza todas as músicas com menos de 1.000 streams em sua plataforma

- Conteúdo autoral / por Caio Pamponét -

Após anunciar em 2023 uma nova política de pagamentos, o Spotify finalmente colocou em prática uma importante mudança em sua plataforma: a remoção dos royalties de todas as tracks que não passam de 1.000 plays .

Uma outra novidade é que a empresa está exigindo um número mínimo de ouvintes únicos para que os royalties sejam aplicados a uma música, ou seja, será necessário uma quantidade predeterminada de contas diferentes escutando a track para que ela comece a monetizar. Essa medida, segundo o Spotify, vem para driblar os bots e plays falsos que têm surgido na plataforma.

Sons usados para relaxamento que não representam 'músicas', como o "white noise" (ruído branco), tiveram sua monetização reavaliada . Essas gravações precisam agora de um tempo maior para gerarem receita (antes era somente 30 segundos).

As novas regras foram recebidas com descontentamento por algumas figuras do setor musical. É o caso da United Musicians and Allied Workers ( UMAW ), organização independente de artistas criada para unir músicos e reinvidicar direitos musicais - a UMAW declarou que 1.000 streams pode ser muito exagerado, afetando 86% de todo o conteúdo da plataforma.

Em contrapartida, um post do blog oficial do Spotify revelou que a grande maioria dos streams da plataforma são de músicas que passaram de mil reproduções - cerca de 99,5% . Além disso, a empresa alega que essas faixas que não monetizaram terão um resultado de distribuição melhor a partir de agora.

Enquanto a pressão pública e política por melhores pagamentos de royalties só aumenta, a empresa tem buscado diversas formas de gerar receita para cobrir seu déficit de anos - desde 2018, o Spotify acumula prejuízo financeiro . A situação é tão agravante que neste mês de abril, há relatos da plataforma estar revisando o preço de suas assinaturas.

Diante de um terreno ainda instável como as plataformas de streaming, nos resta acompanhar o desenrolar das atualizações e torcer para que a indústria musical não seja prejudicada de forma impactante.


Imagem de capa: Reprodução.