
Taxas de rejeição de vistos do Reino Unido e União Europeia para artistas africanos e asiáticos chegam até 70% de acordo com novo relatório
- Conteúdo autoral / por Caio Pamponét -
Um recente relatório produzido pelo renomado jornal britânico The Guardian forneceu algumas revelações polêmicas sobre migração.
De acordo com o estudo, além de enfrentar um aumento de 15% no valor dos vistos de viagem, artistas de origem africana e asiática têm sido negados de maneira “humilhante” ao solicitarem o documento para se apresentarem no Reino Unido e na União Europeia.
A reportagem cita que nacionalidades como Argélia (70%), Blangladesh (53%), Albânia (48%), Gana (46%) e Marrocos (45%) estão entre os vistos mais rejeitados no continente europeu. A média geral considerando todos os países é de apenas 21%.
Vale lembrar que aqueles que têm o visto recusado precisam pagar novamente a taxa para solicitar o documento, visto que não há reembolso do valor. Isto acaba afetando desproporcionalmente os visitantes de países de baixa renda.
Para se ter noção, somente em 2023 o Reino Unido arrecadou 44 milhões de libras (cerca de R$ 300M) em pedidos de visto que foram rejeitados, enquanto a União Europeia lucrou 130 milhões de euros (quase R$ 780M).
A divulgação do relatório já tem repercutido na indústria musical, com diversos profissionais do setor criticando sob o argumento de que essas limitações tendenciosas afetam gravemente a diversidade cultural e deslegitimam a expressão de arte por determinadas etnias.
Apesar do continente europeu ser um dos maiores berços da cena musical, esses altos índices de rejeição e valores exacerbados nos vistos vem desanimando alguns artistas de fazer turnês por lá – alguns deles inclusive revelaram ter sido dissuadidos pelas autoridades (incentivados a desistir) de tentarem novamente fazer migrações.
Confira o relatório completo aqui.
Imagem de capa: Reprodução.
Sobre o autor

Caio Pamponét
Graduando em jornalismo pela UFBA e Redator da Play BPM. Um apaixonado por música desde a infância que cultiva o sonho de viajar pelo mundo fazendo o que ama e conhecendo novas culturas. Com um desejo inerente de fomentar a cena eletrônica de sua terra - Salvador, BA, Caio Pamponét respira os mais diversos BPM's e faz da música o seu combustível diário.
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