Em nova fase da carreira, Luly Poynter lançou na última quinta-feira (14) o single "Quema Quema", que marca a sua transição para o tech house. A artista cearense baseada em Genebra, Suíça, troca os beats mais pop do EDM pelo rítmico e percussivo universo tech-houseiro.

O primeiro exemplar oficial de sua nova identidade traz grooves salientes, loops hipnóticos, ritmo frenético e vocais latinos — característica marcante de sua trajetória, que a brasileira fez questão de manter.

DJ desde os 18 anos de idade, Luana Cavalcante falou com exclusividade para a Play BPM sobre as mudanças na sonoridade e o lançamento de “Quema Quema”, confira.

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Play: Luly, você está saindo da EDM para o tech house. O que essa mudança representa pra você neste momento?

Luly: Essa mudança veio pra mostrar a todos que me acompanham desde o início quem eu realmente sou como artista. Eu estou muito feliz com o meu retorno depois de dois anos de hiato, e é uma sensação indescritível ver que mesmo depois desse tempo, o meu público continuou ali me apoiando e me incentivando desde o primeiro momento que anunciei o retorno do meu projeto.

Play: Quando você decidiu que era hora de mudar sua sonoridade e por que sua escolha foi pelo o tech house?

Luly: Eu comecei a trabalhar como DJ aos 18 anos de idade, entrei neste universo da música eletrônica tocando EDM e segui na mesma pegada sonora por um bom tempo, mas com o passar dos anos, eu senti a necessidade de me reinventar. Eu entendi que apesar de amar o big room, isso fazia com que eu só tocasse em eventos bem específicos, o que estava me limitando um pouco. Então eu decidi trocar os beats mais pops do EDM e mergulhei de cabeça no universo tech-houseiro, mas obviamente sem perder a minha essência e a minha característica mais marcante, que é a influência da música latina e brasileira.

Play: "Quema Quema" é o seu primeiro lançamento nesta nova fase, quais são as suas expectativas com a track?

Luly: Eu quero que essa música se torne tão especial para pessoas como ela é pra mim, eu espero que ela abra portas trazendo boas energias, e novas recordações.

Play: Ainda sobre o single, como foi o processo de produção de "Quema Quema"?

Luly: O processo de criação da “Quema Quema” foi bem significativo pra mim, ela é a música que simboliza esse meu retorno depois de 2 anos de hiato, e a mudança de sonoridade do meu projeto, então eu me dediquei de corpo e alma em todo o processo de criação da track.

Play: Quais aspectos técnicos você sentiu mais diferença em relação ao som que você fazia e o que você quis manter na sua nova identidade sonora?

Luly: Eu acho que desde o início da minha carreira, uma das minhas características mais marcantes na minha identidade foi a influência da música brasileira e latina, seja nos meus sets ou nas minhas músicas, então eu decidi que mesmo estando nesse processo de mudança de sonoridade, eu tinha que manter a minha essência. E eu acredito que essa vibe também se encaixa perfeitamente no tech house.

Play: Atualmente você vive na Suíça e já se apresentou em vários países na Europa. Sendo brasileira e com essa experiência internacional, quais principais diferenças você nota na cena nacional e na gringa?

Luly: São públicos totalmente diferentes, cada um com seus encantos e características. O público europeu de modo geral me acolheu muito bem desde o início e eu sou muito grata por isso. Mas, pra mim, a energia de tocar no Brasil é totalmente diferente de qualquer lugar do mundo, tocar em casa tem sempre um gostinho mais especial, e o povo brasileiro possui uma energia inigualável.

Play: Quais são os seus próximos passos e o que você está preparando para o futuro?

Luly: Eu sinto que eu estou só “começando” sabe? Esse retorno está sendo fundamental pra me mostrar que os sonhos da Luly lá do início da carreira são bem diferentes dos de 2023. Eu estou muito focada no meu trabalho, nesse meu retorno, e pretendo priorizar o lançamento de várias outras músicas nos próximos meses.

Imagem de capa: divulgação