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Tudo que você precisa saber sobre psicodélicos e a redução de danos

28 de Julho de 2016
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Breves Considerações

O conteúdo a seguir não visa influenciar ninguém ao consumo de qualquer substância, seja esta lícita ou ilegal.

No último mês, foi publicado aqui um artigo completo, intitulado 'Tudo que você precisa saber sobre o ecstasy e a redução de danos'. Bem, hoje falaremos de outras substâncias popularizadas na cultura dance music no mundo: os psicodélicos. Antes de mais nada, vale ressaltar que os alucinógenos são classificados em três tipos, os psicodélicos, dissociativos, e delirantes. Nós falaremos detalhadamente apenas dos psicodélicos, mas mesmo assim, há a necessidade de esclarecer algumas diferenças básicas entre eles - ou seja, sem os detalhes na atuação de cada tipo no sistema nervoso, já que esse artigo visa, sobretudo, informar usuários leigos.

Delirantes:  Substâncias extremamente não indicadas para o uso recreativo, pois com elas perde-se a noção de realidade, ou seja, diferentemente dos outros tipos de alucinógenos, você acredita que está vivenciando algum tipo de situação, mas é apenas um estado ilusório da sua mente. Por exemplo, o usuário está deitado na sua cama em seu quarto, a partir do efeito do delirante, as alucinações são tão realísticas que sua mente e visão faz com que realmente acredite que ele está fugindo de um assassino ou que esteja imerso em um cenário distinto. Alguns delirantes: Datura e Difenidramina.

Psicodélicos: Transformam a realidade por meio de acréscimos de formas geométricas, brilho intenso, cores fortes, alternância de tonalidades, distorções, etc. Diferentemente dos delirantes e semelhante aos dissociativos, essas substâncias provocam alucinações conscientes, ou seja, o usuário sabe diferenciar o que é real e o que foi alterado por efeito do químico. Alguns exemplos: LSD, LSA, DOB, NBOMes, 2C-X, DMT.

Dissociativos: Perturbam a realidade através do decréscimo de cores, brilho, formas geométricas, tonalidades, etc. Tendem a formar 'buracos' visuais, no qual o usuário sente a sensação de estar caindo. Diferentemente dos delirantes e semelhante aos psicodélicos, essas substâncias provocam alucinações conscientes, ou seja, o usuário sabe diferenciar o que é real e o que foi alterado por efeito do químico. Exemplos: Ketamina, MXE, PCP, DXM.

Psicodélicos e seus efeitos

Quando o composto começa a fazer efeito, existem aqueles considerados positivos, neutros, e negativos. Vale ressaltar que os psicodélicos apresentam efeitos semelhantes em sua totalidade, mas por eles diferirem quimicamente, há alguns que detêm mais efeitos que outros.

Os principais efeitos positivos são: euforia; facilidade de rir; aumento de empatia; aumento da percepção visual; cores mais brilhantes; estimulação mental e física; visualização de formas com olhos abertos e fechados; reforçada a sensação tátil; erotismo; aumento da capacidade criativa; elevação da apreciação musical; reflexão psicológica; alteração de perspectiva; prazer corporal.

Os principais efeitos neutros são: mudança na consciência; dilatação das pupilas; distorções sonoras; mudança na percepção do tempo; pensamentos confusos; perda de ego; fatiga; sinestesia; diminuição de emoções; aumento leve da pressão sanguínea; aumento leve dos batimentos cardíacos; tremores (extremamente raros); dificuldade no foco da visão; bocejos; aumento da produção de saliva e muco; inquietação; mudança rápida de emoções.

Os principais efeitos negativos são: visões não prazerosas; náusea; vômito; mudança desconfortável na temperatura corporal; tensão muscular; ansiedade; tensão; trismo; aumento da transpiração; megalomania; hipertensão; vasoconstrição; desidratação; sensação de frio.

Observação: O usuário da substância nunca apresentará todos os efeitos listados, apenas alguns. Difere-se em cada pessoa quais serão sentidos sob uso do composto. 

LSD

LSD é a sigla de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é o alucinógeno mais popular no mundo. Essa popularidade é, sobretudo, por causa da segurança no uso do ácido, já que não é uma substância viciante e sua overdose está na quantidade aproximada de 15mg, ou seja, 1000 vezes a dose recreativa comum, além de que nenhuma morte foi atribuída ao composto em toda a sua história.

Obs: A forma mais comum do LSD é o papel, chamado também de blotter. Entretanto, existem outras maneiras em que a substância se apresenta, como a líquida - gota, cápsulas em gel, e gelatina. 

Outras Lisergamidas

O LSD é a lisergamida alucinógena mais famosa, mas não é a única utilizada recreativamente. Existem alguns tipos de lisergamidas derivadas do LSD que possuem grau de segurança igual ou semelhante ao químico, como por exemplo o AL-LAD (popularizado aladdin), ETH-LAD, LSZ, 1P-LSD. Todas essas substâncias agem de modo bem semelhante ao LSD no corpo, e por conta disso, também não viciam, e sua overdose é na casa dos 15mg (ou seja, 1000 vezes a dosagem recreativa). Elas não são raras. Pelo contrário - são muito encontradas em cartelas vendidas como LSD em todo o mundo, por conta de seus efeitos muito parecidos e por não apresentar gosto.

Embora as diferenças sentidas sob efeito dos vários tipos de lisergamidas ainda sejam muito discutidas pelos os usuários, a tabela abaixo tenta demonstrar a partir de experiências reportadas em que quesito elas diferem.

Legenda:

Bodyload - Efeitos ruins sentidos após ingestão da substância, como náusea, dores no corpo, etc. Classificação 0 ao 5.

Duração - Tempo médio de efeitos

Dose - Dosagem recreativa média

Visual - Relacionado aos efeitos que o químico proporciona através da visão, seja nas cores mais brilhantes ou formas geométricas, visões com olhos fechados ou com olhos abertos. Classificação do 0 ao 5.

Ação estimulante - Relacionado ao prazer corporal, felicidade, compaixão, empatia e energia. Efeitos mais comuns em estimulantes, por exemplo, MDMA, bk-MDMA, 5-MAPB, etc. Classificação do 0 ao 5.

O PERIGO DOS NBOMes

NBOMe é um tipo de droga psicodélica descoberta no início de 2003 e que é comumente usada como substituinte para o LSD, por ter efeitos similares e baixo custo de produção em comparação. Ela se apresenta em 4 principais tipos (25b, 25c, 25d, 25i), entretanto, seu uso não é seguro de forma alguma; existem diversas mortes relacionadas ao uso da substância e uma grande parcela com doses consideradas baixas para o uso recreativo, ou seja, é uma droga imprevisível e extremamente não recomendável. Todos os sites especializados em redução de danos condenam o uso desse químico, como por exemplo o Bluelight e o PsychonautWiki.

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Existem vários aspectos que diferenciam o NBOMe das lisergamidas. Um dos mais perceptíveis é o gosto. O blotter de LSD não apresenta gosto algum, ou apenas um pequeno sabor de tinta do papel; o falso psicodélico apresenta um gosto azedo, deixando os lábios dormentes. Outra diferença essencial é o fato do LSD poder ser usado de várias formas, seja sublingual, oral, ou até absorvido por outras cavidades corporais; à respeito do NBOMe, ele apenas é absorvido via sublingual. Existe também outra forma de diferenciação, que é na luz ultravioleta, pois o LSD brilha e o NBOMe não, porém essa não é uma forma de diferir com absoluta certeza as duas substâncias, já que num blotter de LSD muito velho também não brilha na luz UV.

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A maneira mais segura de diferenciação é através do teste de reagente no produto. O exame consiste de pingar uma gota dos reagentes (Marquis, Mecke, Mandelin, Simon, Folin, Buffer, Robatest, Froehde, Liebermann) numa quantidade pequena do composto a ser testado. No contato, há uma reação que gera um líquido de cor específica, que é o que determina o verdadeiro conteúdo do químico testado; apesar da coloração da reação ser igual para diferentes substâncias em alguns reagentes, se diferenciam nos restantes. Abaixo você confere as reações dos principais NBOMes com o reagente Marquis.

O kit de reagentes pode ser comprado nos sites especializados em redução de danos DanceSafe e ReagentKit. No Brasil, pode ser adquirido através do NoBad Reagentes.

ANFETAMINAS PSICODÉLICAS (DOx)

Anfetaminas psicodélicas são substâncias descobertas por Alexander Shulgin - também responsável pela sintetização do MDMA - e comentadas em seu livro PiHKAL. Esses compostos químicos se popularizaram tempos depois por serem um alternativa à proibição ao consumo do LSD, entretanto, embora apresentem doses recreativas seguras, a alta dosagem é conhecida por causar elevada vasoconstrição. Elas são conhecidas por ter longa duração, 12-30 horas; essas também detêm elevado onset - tempo para os efeitos aparecerem. Para se ter ideia da demora, o LSD tem seu funcionamento em média 30 minutos após a ingestão, já alguns DOx precisam de 3 horas para que os primeiros efeitos comecem a aparecer. Desse modo, isso faz com que alguns usuários leigos dosem novamente e prolonguem os efeitos da substância por dias. Por isso, NÃO REDOSE.

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Embora as diferenças sentidas sob efeito dos vários tipos de anfetaminas psicodélicas (DOB, DOC, DOM, DOI) ainda sejam muito discutidas pelos os usuários, a tabela abaixo tenta demonstrar a partir de experiências reportadas em que quesito elas diferem.

Como pode-se observar na tabela, diferente dos compostos ligados ao LSD-25, as anfetaminas psicodélicas apresentam uma overdose que varia em média de 3 vezes a dose recreativa. Existem dois casos reportados de pessoas que ingeriram acidentalmente 75 mg de DOB e tiveram as pernas amputadas por causa de problemas na circulação e a formação de gangrenas. Diante disso, todos as substâncias DOx não são recomendadas para quem sofre com problemas na circulação, glaucomas, hipertensão, doenças hepáticas ou renais e histórico de convulsões. Também há casos relatados de mortes ligadas as fenetilaminas, mas não se sabe a dose letal, dessa maneira, é extremamente importante ter cuidado na dosagem.

Assista ao relato do vlogger Fabrício Mira sob uso da substância DOC.

AS FAMÍLIA DAS FENETILAMINAS (2C-X)

Também como possível substituinte à proibição do LSD, as fenetilaminas ganharam popularidade no começo dos anos 80. Todavia, diferente dos outros psicodélicos, por majoritariamente serem encontradas em comprimidos, há uma grande quantidade de ingestão da substância por usuários que pensam que estão sob posse de pílulas contendo MDMA, quando na verdade o efeito é alucinógeno.

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Os compostos dessa família (2C-B, 2C-C, 2C-D, 2C-E, etc) são conhecidos por causarem em alguns usuários um grande desconforto do momento de ingestão da substância até os primeiros efeitos, que pode ser por náuseas, vômito, diarreia, etc; em outros, reportam sentir um grande estímulo. Diante disso, pode-se afirmar que alguns efeitos variam de pessoa para pessoa. Bem, o método mais comum de uso dos 2C-x é via oral, entretanto, muitos usuários tentam fazer o uso por via nasal, para obter os efeitos mais rapidamente. Essa forma de uso não é recomendável, visto que os 2C-x fazem muito mal à mucosa nasal, podendo acarretar em sangramentos.

Esses compostos são descritos como um meio termo entre o uso combinado do MDMA junto ao LSD, por serem estimulantes corporais e psicodélicos ao mesmo tempo, porém os efeitos alucinógenos não são tão fortes quanto os da lisergamidas, muito menos dos DOx ou NBOMes. Muitos usuários descrevem os 2C-x como sendo mais leves no corpo que o Ecstasy (MDMA), por não apresentarem aqueles pós efeitos horríveis no dia seguinte.

Segundo sites especializados, como Erowid e Bluelight, essa substância é considerada segura em doses recomendadas para usos recreativos, mas como qualquer químico, pode causar efeitos desagradáveis em altas doses. Embora as diferenças sentidas sob efeito dos vários tipos de fenetilaminas ainda sejam muito discutidas pelos os usuários, a tabela abaixo tenta demonstrar a partir de experiências reportadas em que quesito elas diferem.

Assista o vídeo em que o vlogger Fabrício Mira grava sua experiência com 2C-E.

Alguns usuários de psicodélicos atentam a misturar essa substância com outras, para produzir efeitos agradáveis aos seus gostos, como por exemplo o chamado candyflip, mistura do LSD com o MDMA, ou o hippieflip, cogumelos com MDMA. Essas combinações são consideradas de baixo risco, entretanto, existem outras que não devem ser feitas, pois podem levar o usuário a complicações, ou até à morte.

Abaixo está um gráfico de substâncias que podem ou não ser misturadas e seus riscos, clique no botão direito para ampliar.

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Fontes: erowid.org / bluelight.org / tripsit.me / drugs-forum.com / psychnautwiki.com

Quer saber mais sobre Redução de Danos? Ouça agora mesmo o Podcast sobre o assunto com o Coletivo Clã Dahlia, clicando aqui.

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Redação Play BPM

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